sábado, 21 de janeiro de 2012

Planejamento Semanal para berçário III


PLANEJAMENTO SEMANAL



Este planejamento está articulado para crianças na faixa de idade de 1,5 ano até 2,5 anos. Quem quiser utilizá-lo é só adequá-lo aos conteúdos que a escola pede.

PLANEJAMENTO SEMANAL

SEGUNDA-FEIRA

• Música: Se essa rua fosse minha.
• Conversa informal sobre o fim de semana;
• Poesia: Ser criança!
• Reescrita da poesia com as crianças no blocão
• Pintura livre com técnica do assopro com canudos;
• Pátio com brincadeiras livres e dirigidas;


TERÇA-FEIRA

• Música: Se essa rua fosse minha.
• Conversa informal;
• História: Um dia de Sol;
• Interpretação da história;
• Desenho livre da história;
• Contorno do nome com giz molhado;
• Confecção de cracha com o nomes;
• Pátio;

QUARTA-FEIRA

• Música: Se essa rua fosse minha.
• Conversa informal;
• Folhear revistas, identificar a letrinha do nome, retirá-la e colar em folha de papel ofício;
• Brincar de massinha;


QUINTA-FEIRA

• Música: Se essa rua fosse minha.
• Conversa informal;
• História: Branca de neve;
• Linguagem oral: Recontar a história;
• Nome próprio: Pintar livremente o desenho do nome;
• Ler historinhas;

SEXTA-FEIRA

• Música: Se essa rua fosse minha.
• Conversa informal;
• História: Franklin tem medo do escuro;
• Reescrita da história com os alunos;
• Pátio: Jogo das fitas coloridas (As crianças deverão andar ao lado da fita colada no chão para não pisá-la. Fita azul – andar de frente, fita amarela – engatinhar, fita vermelha – andar em um pé só, fita branca – andar com as pernas entre a fita, etc)


SEGUNDA-FEIRA

• Música: Sabiá;
• Conversa informal;
• Manusear jornais e revistas, rasgá-las, amassá-las e depois jogá-las para o alto. Após isso, fazer o contorno do corpo de uma criança e colar os pedaços de papel formando uma figura;
• Escrever as partes do corpo na figura;
• Brincar de jogos de encaixe;


TERÇA-FEIRA

• Música: Sabiá;
• Conversa informal;
• Pesquisa e jornais e revistas sobre figuras humanas e colar em folha de ofício;
• Escrever as partes do corpo na figura;
• Ler historinhas;

QUARTA-FEIRA

• Música: Sabiá;
• Conversa informal sobre tipos de brincadeiras;
• História: O canto do sabiá;
• Desenhar sobre a história em folha de papel ofício;
• Brincar de massinha;
• Pátio: Brincar;


QUINTA-FEIRA

• Música: Sabiá;
• Conversa informal sobre as brincadeiras dos tempos antigos;
• Pesquisa coletiva: Procurar em jornal ou revista a letrinha inicial do nome próprio, colar em folha de papel e depois escrever as letras do nome que faltam;
• Dançar;

SEXTA-FEIRA

• Música: Sabiá;
• Conversa informal sobre brincadeira de roda;
• Poesia: As borboletas;
• Reescrita dapoesia com os alunos trocando e acrescentando as cores e das borboletas;
• Pátio: Jogos recreativos – Passar a bola, passar em baixo e em cima da corda, pular corda, pular amarelinha, etc;


SEGUNDA-FEIRA

• Música: O pato
• Conversa informal sobre o fim de semana;
• Poesia: Jogo de bola;
• Cofecção de cartaz sobre a poesia;
• Pintura livre com giz de cera;
• Pátio com brincadeiras livres e dirigidas;


TERÇA-FEIRA

• Música: O pato;
• Conversa informal;
• História: Festa no céu;
• Interpretação da história;
• Desenho livre da história;
• Contornar o nome com cola colorida;
• Pátio - Brincar;

QUARTA-FEIRA

• Música: O pato;
• Conversa informal sobre animais domésticos e selvagens;
• Folhear revistas, identificar animais domésticos e selvagens, retirá-los e colar em folha de papel ofício;
• Brincar de massinha e tentar formar animais;


QUINTA-FEIRA

• Música: O pato;
• Conversa informal;
• Poesia: A galinha do vizinho;
• Trabalhando a noção de números com a quantidade de pintinhos;
• Pintar os pintinhos (especificar a quantidade)
• Nome próprio: Moldar com massinha as letras do nome;
• Ler historinhas;

SEXTA-FEIRA

• Música: O pato;
• Conversa informal;
• Cofecção de cartaz sobre os animais domésticos e selvagens;
• Pátio: Brincar de brinquedos;




POESIA JOGO DE BOLA


A bela bola
rola:
a bela bola do Raul.

Bola amarela,
a da Arabela.

A do Raul,
azul.

Rola a amarela
e pula a azul.

A bola é mole,
é mole e rola.

A bola é bela,
é bela e pula.

É bela, rola e pula,
é mole, amarela, azul.

A de Raul é de Arabela,
e a de Arabela é de Raul.

Cecília Meireles

A galinha do vizinho



POESIA

A galinha do vizinho
Bota ovo amarelinho.
Bota um, bota dois, bota três,
Bota quatro, bota cinco, bota seis,
Bota sete, bota oito, bota nove,
Bota dez! 


A festa no céu  Versão de Alceu Maynard Araújo *
(Conto tradicional do Brasil)
 




Era uma vez um Sapo muito esperto e um Urubu que sabia tocar viola muito bem. Houve uma festa no céu, foram convidados todos os bichos cá da terra. O Urubu, violeiro afamado, não faltaria... as danças dependeriam de sua marcação. Como está sempre com os pés sujos, foi lavá-los numa lagoa e aproveitar para tomar um gole d'água quando avistou um sapo-untanha dorme-dormindo. E o diálogo tem inicio: "Como é compadre Cururu, você não vai à festa no céu?" O sapo-cururu respondeu: "Irei logo, estava tirando uma soneca para poder me divertir a noite toda. Quero dançar até o sol raiar..."


Enquanto o Urubu bebia água o Sapo entrou na viola do seu compadre. O Urubu apanhou a viola e voou em demanda da festa. Voou, voou, voou. Em chegando ao céu é recebido com ruidosa manifestação pela bicharada que lá em cima já se achava. Os bichos esperavam-no para dar inicio ao forró. Antes, porém, convidaram-no para tomar um "lava-goela". Deixou a viola num canto do salão. O sapo safou-se da viola sem ser visto por ninguém, enquanto todos estavam distraídos com a recepção ao violeiro. Saiu pula-pulando, chegando primeiro do que todos na "ramada"  (barraquinha de come e bebes). Efusivo, recebeu-o o compadre Urubu: "Ué, Cururu, já por aqui?" "Aqui para lhe servir, meu compadre Urubu. Tome esta, que já faz tempo que estamos esperando pelos baiões bem marcados, que só meu compadre sabe tocar." O Urubu lambiscou de tudo e foi tocar viola, acompanhando o sanfoneiro. A função prolongou-se até ao despontar da manhã. O sapo fingiu-se de cansado, de pernas bambas, passou ginga-gingando na frente do compadre, foi contando que iria dormir mais cedo. Bocejando desapareceu. Finda a função, o Urubu, esfaimado como sempre, voltou para dar uma vistoria na "ramada". O sapo aproveitou-se da oportunidade e zás... Enfiou-se novamente na viola. O Urubu despediu-se da bicharada, apanhou a viola e regressou para terra... E pensou: "Toquei a noite toda e a viola não estava tão pesada assim. Será que estou cansado?"


Voou mais um pouco e procurou averiguar. Deu uma sacudidela e eis que vê lá dentro o Cururu, refestelado: "É você que está aí, seu malandro? Pois de agora em diante não me logrará mais, vou lhe pregar uma peça. Virou a boca da viola para baixo, procurando desvencilhar-se do intruso. O Sapo, com os olhos arregalados de medo, vendo que ia se esborrachar no solo gritou: "Me jogue em cima de uma pedra, não me atire na água que eu me afogo." O Urubu ficou branco de raiva, olhou e viu pouco distante uma lagoa  e pensou: "Este trapaceiro sem-vergonha me paga, vou lhe dar-lhe uma lição de mestre. Voou até a lagoa e zás, derrubou seu compadre Cururu. Crocitando e com os olhos chispando de raiva disse: "Pois você me paga, seu cara feia, agora eu o afogo. E assim atirou o Cururu na lagoa. Pensou que tinha se vingado do sapo. E o espertalhão do Cururu, lá do fundo da lagoa saiu rindo e dizendo: "Enganei um bobo na casca do ovo." Não presta ser vingativo, o Urubu não conseguiu o que desejava... e foi assim que o sapo foi à festa no céu...

*Alceu Maynard Araújo, folclorista e escritor, nasceu em 1913, em Piracicaba, SP. Publicou os seguintes livros sobre Folclore: Cururu (1948), Danças e Ritos Populares de Taubaté (1948), Folia de Reis de Cunha (1949), Rondas Infantis de Cananéia (1952), Literatura de Cordel (1955), Ciclo Agrícola, calendário religioso e magias ligadas às plantações (1957), Poranduba Paulista (1958), Folclore do Mar (1958), Medicina Rústica (1961), Novo Dicionário Brasileiro – Verbetes de Folclore (1962), Folclore Nacional (1964), Pentateuco Nordestino (1971).
A festa no céu
Versão de Luís da Câmara Cascudo *
(Conto etiológico tradicional do Brasil)

Entre todas as aves, espalhou-se a notícia de uma festa no Céu. Todas as aves compareceriam e começaram a fazer inveja aos animais e outros bichos da terra incapazes de vôo. Imaginem quem foi dizer que ia também à festa... O Sapo! Logo ele, pesadão e nem sabendo dar uma carreira, seria capaz de aparecer naquelas alturas. Pois o Sapo disse que tinha sido convidado e que ia sem dúvida nenhuma. Os bichos só faltaram morrer de rir. Os pássaros, então, nem se fala! O Sapo tinha seu plano. Na véspera, procurou o Urubu e deu uma prosa boa, divertindo muito o dono da casa. Depois disse: - Bem, camarada Urubu, quem é coxo parte cedo e eu vou indo, porque o caminho é comprido. O Urubu respondeu: - Você vai mesmo? - Se vou? Até lá, sem falta!

Em vez de sair, o Sapo deu uma volta, entrou na camarinha do Urubu e, vendo a viola em cima da cama, meteu-se dentro, encolhendo-se todo. O Urubu, mais tarde, pegou na viola, amarrou-a a tiracolo e bateu asas para o céu, rru-rru-rru... Chegando ao céu, o Urubu arriou a viola num canto e foi procurar as outras aves. O Sapo botou um olho de fora e, vendo que estava sozinho, deu um pulo e ganhou a rua, todo satisfeito. Nem queiram saber o espanto que as aves tiveram, vendo o Sapo pulando no céu! Perguntaram, perguntaram, mas o Sapo só fazia conversa mole. A festa começou e o Sapo tomou parte de grande. Pela madrugada, sabendo que só podia voltar do mesmo jeito da vinda, mestre Sapo foi-se esgueirando e correu para onde o Urubu se havia hospedado. Procurou a viola e acomodou-se, como da outra feita. O sol saindo, acabou-se a festa e os convidados foram voando, cada um no seu destino.

 O Urubu agarrou a viola e tocou-se para a Terra, rru-rru-rru... Ia pelo meio do caminho, quando, numa curva, o Sapo mexeu-se e o Urubu, espiando para dentro do instrumento, viu o bicho lá no escuro, todo curvado, feito uma bola. - Ah! camarada Sapo! É assim que você vai à festa no Céu? Deixe de ser confiado...! E, naquelas lonjuras, emborcou a viola. O Sapo despencou-se para baixo que vinha zunindo. E dizia, na queda: - Béu-Béu! Se desta eu escapar, Nunca mais bodas no céu!... E vendo as serras lá em baixo: - Arreda pedra, se não eu te rebento! Bateu em cima das pedras como um genipapo, espapaçando-se todo. Ficou em pedaços. Nossa Senhora, com pena do Sapo, juntou todos os pedaços e o Sapo enviveceu de novo. Por isso o Sapo tem o couro todo cheio de remendos.

As Borboletas - Cecília Meirelles

Brancas,Azuis,Amarelas E pretas
Brincam Na luz As belas Borboletas

Borboletas brancas
São alegres e francas.

Borboletas azuis
Gostam muito de luz.

As amarelinhas
São tão bonitinhas!

E as pretas, então . . .
Oh, que escuridão!




















O Canto do Sabiá Miguel Marques
Lá fora onde eu moro
tem um sabiá cantador
quando está triste a viola
ele chega e me consola
com seu trinado de amor


Quando meus amores partem
sei que em breve voltarão
só não sei por que minha alma
o sabiá pede calma e asas pra o coração


Refrão
Mas é assim que eu quero estar
vivendo no campo escutando o canto daquele sabiá


Mas é assim que eu quero estar
vivendo no campo escutando o canto daquele sabiá


Talvez o sabiá entenda
este sentimento meu
por que não vou pra cidade
onde a cruz da falsidade
é mais pesada que eu


Mesmo sentindo a tristeza
nas horas de solidão
busco no fio da garganta
daquele sabiá que canta
meu parceiro de canção


Refrão
Mas é assim que eu quero estar
vivendo no campo escutando o canto daquele sabiá 

 Ser criança é ser tesouro sem igual,
É a liberdade de correr, saltar, brincar,
É um ser sensível, doce e sentimental,
É o sonho que nunca se deixa de sonhar.

Ser criança é a tristeza do chorar
E a imensa alegria de saber sorrir,
É ter esse dom imenso de perdoar
Mesmo a maldade que só quer magoar.

Ser criança é pintar com as mãos e desenhar
Tudo e nada nas folhas brancas da imaginação,
Ser criança é ser capaz de ensinar a amar,
É ter o mundo inteiro na palma da sua mão.

Ser criança é ter fé, amor, viver a esperança
De que o mundo pode ser um lugar melhor,
Ser criança é ter fé, ter força e ter confiança,
É ser no jardim da vida a mais bela flor.

Ser criança é ver a vida com olhos de inocência,
É acreditar que o mundo é um jardim em flor,
Ser criança é ser fruto, é ser descendência,
É ser a forma mais universal do AMOR!


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